As empresas de Administração de patrimônio
próprio, conhecidas como “Holding Familiar” superam, sobremodo, a administração
artesanal do patrimônio feita pela pessoa física, especialmente no que tange a
carga tributária, além de possuir inúmeras outras vantagens tais como o
planejamento sucessório e a proteção patrimonial.
Todavia, o mau uso deste modelo de sociedade
pode causar problemas legais e desigualdades entre os participantes. Dos
problemas legais o mais sério é a confusão patrimonial, onde a empresa não é
tratada como pessoa jurídica, mas sim como uma “extensão do próprio bolso” dos sócios, o que é passível de sérias
sanções fiscais.
Dentre as injustiças, podemos destacar os casos
em que somente alguns sócios, em geral os administradores, usufruem de direitos
e bens pseudo-necessários à manutenção
da estrutura para gerenciar a empresa (caros, cartões corporativos, imóveis,
viagens etc.), mas que servem somente para corroer o lucro que deveria ser distribuído
entre os demais sócios.
Neste escopo a governança corporativa, que se
traduz pelo uso das práticas das melhores técnicas de gestão na condução de uma
empresa, proporciona uma administração imparcial e justa, que evita conflitos
entre os integrantes da sociedade e mantém o necessário bom relacionamento
entre os membros deste tipo de empresa com vínculos familiares.
O ideal é que cada holding familiar seja bem
organizada desde seu nascimento com a elaboração de um bom contrato social, mas
sempre haverá oportunidade para colocar fim às ilegalidades e injustiças, bem
como implantar as práticas da governança corporativa em qualquer tipo de
empresa independentemente de sua natureza ou porte físico-financeiro.
Muito interessante.É importante estar sempre bem assessorado.
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